terça-feira, 16 de abril de 2013

Semiótica e Semiacústica

Tenho veneno no coração
Destilo nos momentos que me matam
Disparo horror pela ponta da caneta
E a rima que se exploda junto com sua fuça
Tenho na letra o gatilho
Nas palavras a bala
Nas frases o alvo
Sou matador semiótico
Justiceiro semântico
Morra-se com essas palavras
E regozije-se ao som
Apocalíptico
Sígnico
sonoro

Carne Fraca

Quando a máquina para
É que percebe-se a rara
ocasião que tivemos

Quando a morte encara
Foi-se a vida que para
E continua o que temos

Quando a saudade mata
Verte-se o choro na lata
Perde-se o tom em extremos

Quando a vida é grata
Mostra que a carne é fraca
que somos o que fizemos