sexta-feira, 22 de junho de 2018

Desculpas

Desculpa qualquer coisa que eu diga
Não quero que saia briga 
Já faz muito tempo 
Que deixei de lado sua vida 

Desculpa o que quer que eu tenha feito 
Não quero perder o jeito 
Mas já se foi o tempo 
em que temia ser aceito 
por seu exército de histórias 
todas explícitas em glórias 
enquanto sigo essa saga 
que me suga, seca e implora 

Desculpe a sua indiferença 
Ela vem de nascença 
De um tempo anterior à sua crença 
Desculpe a sua ingratidão 
Que ajuda a estender o não 
Pela mão que afasta qualquer explicação 
que se justifique na memória 
de uma euforia das escórias 
que seguem mandando às favas 
as Evas que desovam as boas novas 

Se é pra seguir tentando 
Não atire desculpas pelo cano 
Se é pra mudar de plano 
Não troque farpas por sarcasmo 
Se é para mudar o rumo 
Acerte o prumo sem espasmo 
Desculpe o marasmo que há perto 
Desperte sua culpa pelo certo