Diga-me onde é teu exílio
E te encontrarei aonde estiver
Quatro quadros e uma roda torta
Com bordados na borda
Recheada de creme dental
Se meu sorriso é algo
Que deva ser tratado
Dou-lhe com fino trato
À razão inversa de minha busca
Que ofusca o que procuro
Seguro
Diga-me por onde andas
E eu te darei quem sou
Entre sabe-se lá quantas
Sílabas distantes
Sou contagioso
Como soluços sem nojo
E hoje acordarei do teu lado
Batizado e machucado
Pelo fruto do meu esforço
Diga-me quem sou
E estará provado que nada sabes
Sobre dentes e sabres
Sobre os tristes trigos que comeram o tigre
No trigal, o nada é mais natural
Parado, sei o que eras
Andando, encontro onde estou
Salivo por onde o amor choca
Sujo, saúdo aos pares com a boca
Onde os raros momentos são infinitos
Por isso, grito!
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